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As empresas familiares, consideradas aquelas em que a sucessão do negócio está diretamente ligada aos fatores hereditários da sucessão familiar, representam 80% das empresas em atividade no país.

Entretanto, apresentam péssimas taxas de sobrevivência e perpetuação, segundo pesquisa da PWC.

Em média, somente 30% dessas empresas familiares atingem a segunda geração hereditária, 12% a terceira, e aproximadamente 5% sobrevivem e perpetuam à quarta geração.

A falta de governança corporativa e de planejamento sucessório foram as principais causas desse resultado.

Não bastassem os fatores políticos e econômicos, que já dificultam a perpetuação da atividade empresarial no Brasil, considera-se que os obstáculos à perpetuação dos negócios familiares estão diretamente ligados aos fatores sucessórios.

Não restam dúvidas, pois, que o problema está no processo de sucessão familiar.

Por isso, o processo de sucessão não pode ser negligenciado pelo empresário que pretende manter a sustentabilidade do seu negócio.

Afinal, sabe-se que as divergências e os conflitos gerados entre os herdeiros durante o processo de sucessão, especialmente relacionados à divisão patrimonial, representam o grande obstáculo à sobrevivência da empresa familiar.

Felizmente, a grande maioria dessas questões e conflitos de caráter sucessório pode ser evitada com o planejamento adequado da sucessão.

Mas o que significa o planejamento adequado da sucessão?

O planejamento, como o próprio nome diz, corresponde à programação e preparação prévia.

O processo de sucessão em análise, por sua vez, refere-se à transmissão patrimonial da sucessão hereditária.

Portanto, o planejamento sucessório corresponde à uma medida preventiva, que por meio da adoção do instrumento jurídico adequado, é capaz de estruturar estrategicamente o processo de sucessão, sendo os instrumentos mais comuns: o testamento, a doação e a constituição de Holdings.

Essa estruturação antecipada do processo de sucessão pode não só afastar conflitos sucessórios e a pulverização do patrimônio, mas também reduzir significativamente a carga tributária e os custos incidentes na transmissão patrimonial.

Enfim, conclui-se que o planejamento sucessório é fundamental à perpetuação das empresas familiares, e por isso deve ser feito de forma especializada, para que seja adequado estrategicamente à realidade de cada negócio.

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